A saúde dos equinos é fundamental para garantir seu bem-estar e desempenho. A seguir, categorizamos os principais problemas de saúde que afetam os equinos, juntamente com as prevenções, cuidados e tratamentos recomendados.
Os parasitas intestinais são uma preocupação significativa na saúde equina, afetando cavalos de todas as idades. Os mais comuns incluem pequenos e grandes estrôngilos, ascarídeos e tênias. Esses parasitas podem causar diversos problemas, como perda de peso, diarreia, cólicas e, em casos graves, obstrução intestinal. A infestação ocorre principalmente pela ingestão de ovos ou larvas presentes em pastagens contaminadas. O diagnóstico é realizado através de exames de fezes, e o tratamento envolve a administração de anti-helmínticos específicos. A prevenção é crucial, incluindo rotação de pastagens, remoção regular de fezes e um programa de vermifugação estratégico, elaborado por um veterinário.
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Veterinário examinando o abdômen de um cavalo para verificar sinais de cólica
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Cavalo sendo tratado com nebulizador para facilitar a respiração.
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Cavalo sendo ferrado
Cavalo recebendo fisioterapia
A dermatite em equinos refere-se a uma variedade de condições inflamatórias que afetam a pele, causadas por fatores como alergias, parasitas, infecções bacterianas ou fúngicas. Manifestações comuns incluem a dermatite atópica, dermatofitose e dermatite de verão. Os sintomas variam, mas geralmente envolvem coceira, perda de pelo, crostas, escamas e, às vezes, lesões abertas. O diagnóstico baseia-se no exame clínico, histórico do animal e testes específicos como raspagens de pele, culturas e biopsias. O tratamento depende da causa subjacente, podendo incluir anti-inflamatórios, antibióticos, antifúngicos, controle de parasitas e manejo ambiental. A prevenção envolve boa higiene, controle de insetos e manejo adequado do ambiente.
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A sarna em equinos é uma doença de pele altamente contagiosa causada por ácaros parasitas, principalmente dos gêneros Sarcoptes, Psoroptes e Chorioptes. Esses ácaros escavam a pele ou vivem na superfície, causando intensa coceira, perda de pelo, crostas e lesões cutâneas. As áreas comumente afetadas incluem crina, cauda, membros e face. A transmissão ocorre por contato direto ou através de equipamentos contaminados. O diagnóstico é feito por exame microscópico de raspagens de pele. O tratamento envolve acaricidas tópicos ou sistêmicos, como ivermectina, e desinfecção do ambiente. A prevenção inclui quarentena de novos animais e higiene rigorosa dos equipamentos.
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Feridas e abscessos são problemas comuns em equinos, podendo variar de lesões superficiais a infecções profundas. As feridas podem resultar de traumas, acidentes ou autolesões, enquanto os abscessos geralmente são causados por infecções bacterianas localizadas. Feridas requerem limpeza, desinfecção e, às vezes, suturas. Abscessos necessitam drenagem e tratamento antibiótico. Ambos podem levar a complicações se não tratados adequadamente. O manejo inclui limpeza regular, bandagens quando apropriado e proteção contra contaminação. A cicatrização pode ser desafiadora em certas áreas do corpo equino devido à mobilidade e vascularização limitada. Prevenção envolve ambiente seguro, boa higiene e cuidados regulares dos cascos.
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Aplicação de pomada em uma ferida na pele do cavalo.
A distocia em equinos refere-se a complicações durante o parto, ocorrendo em aproximadamente 4% dos nascimentos. Pode ser causada por fatores maternos (como contrações inadequadas ou estreitamento pélvico) ou fetais (como má posição ou tamanho excessivo do potro). Sinais incluem trabalho de parto prolongado, ruptura da bolsa sem expulsão do feto e esforço excessivo da égua. O diagnóstico é baseado na observação e exame obstétrico. A intervenção rápida é crucial, podendo envolver manipulação manual, tração assistida ou, em casos graves, cesariana. Complicações potenciais incluem lesões no trato reprodutivo, retenção placentária e comprometimento da saúde do potro ou da égua.
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As infecções uterinas em éguas, também conhecidas como endometrite, são uma causa significativa de infertilidade e perda embrionária precoce. Podem ser causadas por bactérias, fungos ou leveduras, frequentemente introduzidos durante a cobertura ou parto. Fatores predisponentes incluem conformação perineal anormal, idade avançada e má contratilidade uterina. Os sintomas podem incluir descarga vaginal, ciclos estrais irregulares e falhas na concepção. O diagnóstico envolve exame clínico, ultrassonografia e cultura uterina. O tratamento geralmente combina lavagem uterina, antibióticos ou antifúngicos específicos e, às vezes, agentes ecbólicos para melhorar a contração uterina. A prevenção foca em higiene durante reprodução e manejo adequado pós-parto.
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Veterinário auxiliando uma égua durante o parto.
Veterinário auxiliando o potro recém nascido égua após o parto.
Manter a saúde dos equinos exige uma abordagem multifacetada, incluindo alimentação adequada, ambiente limpo, vacinação, controle de parasitas e monitoramento regular por um veterinário. A prevenção é sempre a melhor estratégia, mas quando problemas surgem, tratamentos específicos e cuidados apropriados são essenciais para garantir a recuperação e o bem-estar dos cavalos.